domingo, 27 de março de 2011

Textos sobre mentira

  Vídeo para os pequeninos: A barata diz que tem



A MENTIRA ! 

O meu pai sempre dizia 
Filho, não deve mentir 
Porque a Mentira um dia 
Poderá te atingir 
Vejam só o que aconteceu 
Ao Zé, que apascenta gado 
- À noite não adormeceu, 
Por sentir-se entediado 

Então, sem o que fazer 
Uma farsa engendrou 
E gritando, ele fez crer 
Que o lobo o atacou 
Os pastores da vizinhança 
Ouvindo... lobo gritar 
Acudiram na esperança 
Do lobo mau espantar 

Lá chegando, circunspecto 
O palco do acontecido 
Não revelava aspecto 
Do lobo ali ter bramido 

Mal três dias se passaram 
O Zé, de novo gritou... Lobo, lobo, socorram ... 
E todo mundo ali voltou 

Vendo a mentira do Zé 
Os pastores s’entreolharam 
E sem tapa ou pontapé 
Desapontados... retiraram 

Zé, ficou desacreditado 
No meio da vizinhança 
- O caráter demonstrado 
Foi de uma vil criança 
No dia que o lobo atacou 
O Zé, socorro pediu ... 
Mas ninguém se importou 
Porque o Zé, sempre mentiu 

Com fúria e sanguinolência O lobo mau sacrificou 
Dez ovelhas, em consequência 
Da mentira que criou 

Foi então que o Zé pensou 
No mal que havia feito 
Quando mentindo gritou 
Por socorro sem efeito ! 

São Paulo, 07/02/2008 
Armando A. C. Garcia 
www.usinadeletras.com.br 


PINÓQUIO
De Walt Disney
Adaptação de Maria R. do Amaral
Tema: Mentira e Desobediência.
          Apresento aqui, os personagens principais da história. Pinóquio, Grilo falante, gato Fígaro, e a peixinha Cléo. O velhinho Gepeto não está na foto, porque é o fotógrafo. Faltam ainda alguns personagens que no decorrer da mesma irão aparecer.
          Gepeto era um bom velhinho que fazia brinque dos de madeira em sua oficina de carpinteiro. Foi numa noite de lua cheia que ele terminou de fazer um boneco de madeira, muito bonito. Seus braços e pernas pareciam de verdade e Gepeto amarrou uma corda no boneco para faze-lo andar de lá para cá, dançando enquanto Gepeto cantava. Gepeto tinha um gatinho chamado Fígaro e uma peixinha chamada Cléu. Eles eram os seus únicos amigos e companheiros. Nada mais tinha vida naquela casa. Gepeto olhava para seu boneco com carinho e lhe deu o nome de Pinóquio. Eu queria tanto que Pinóquio fosse um menino de verdade! Ele seria meu filho.
          Na loja o relógio deu as horas. Era o momento de deitar-se. Gepeto soprou a vela e veio para a janela. Viu no céu, a Estrela Mágica e disse: " Eu queria tanto que meu boneco fosse um menino de verdade!" Era uma noite muito especial, dessas em que os desejos do coração, podiam se tornar realidade. Gepeto deu boa noite para Cléu e Fígaro e foi dormir. Enquanto dormia, passou por baixo da porta um grilo, que foi-se esconder num canto bem quente, lá da lareira. Era o Grilo Falante. Ele estava cansado de viajar e com sono, Quando viu a casa de Gepeto. Entrou para dormir em uma caixa de fósforos.
          Acordou quando viu uma luz esquisita. Era a estrela Vésper que descia do alto esvoaçando, e entrava pela janela de Gepeto. No centro da luz maravilhosa vinha a Fada Azul, "aquela que paga com o bem, o bem eu a gente faz" .
          Disse ela suavemente: "Gepeto é bom. Tem dado aos outros tanta felicidade, que bem merece que seu sonho se realize." Ela tocou no bonequinho de pau com a varinha de condão e ele piscou os olhos e moveu as mãos e os pés.
          _Agora eu sou um menino de verdade!" gritou Pinóquio, cheio de alegria.
          _ Não, disse a Fada Azul. Eu apenas lhe dei vida. Você tem que provar que é valente, verdadeiro e corajoso. Seja para Gepeto um bom filhinho, e um dia você se sentirá um menino de verdade. Aprenda a ver o que é certo e o que é errado...
          _Como posso saber isso? interrompeu Pinóquio.
          _Deixe que sua consciência lhe ensine, disse ela.
          E como nesse instante, aparecesse o Grilinho Falante. Pinóquio perguntou-lhe:
          _Você é que é minha consciência? A Fada Azul pareceu compreender que Pinóquio precisava de auxilio e nomeou o Grilo seu guia. E prometeu ao Grilo, uma medalha de ouro, se ele cumprisse bem a sua tarefa.
          Imaginem a alegria de Gepeto, na manhã seguinte, quando viu que Pinóquio era uma criatura de carne e ossos. O bom velhinho tinha muitas coisas para ensinar ao menino. Como fazer as orações da noite e da manhã. Sobre seu comportamento na escola e tantas coisas mais. A primeira coisa era matricula-lo na escola.
          Só coma educação uma criança progride. Deveria estudar como os outros meninos. Pinóquio saiu, cheio das melhores intenções com os livros nas mãos e Grilinho atras. Mas, ai! Não tinha andado muito, quando encontrou dois velhacos manhosos: Raposão e Gatão. Eles farejaram logo um meio de ganhar dinheiro. Abordaram Pinóquio e disseram-lhe o quanto o achavam encantador, e que ele teria um grande sucesso no teatro! Pobre bonequinho! Gostou daquelas palavras lisonjeiras e, apesar dos protestos veementes de Grilinho, acompanhou os dois tratantes. A escola ficaria para mais tarde, pensou.
          O Raposão e o Gatão foram vende-lo ao Grande Stromboli, dono de um teatrinho de bonecos, que estava louco por possuir um bonequinho que fosse capaz de andar, e falar sem necessidade de barbantes. Stromboli ficou encantado com um boneco que era parecido com um menino. Pinóquio divertiu-se a valer. Dançou e cantou como astro principal. Foi muito aplaudido. Mas a noite, ficou com saudades do Pai Gepeto, mas Stramboli não deixou Pinóquio e o Grilo Falante voltarem para casa
          Prendeu os dois em uma jaula de animais para que não puderem fugir. Eles ficaram muito tristes, mas só se consolaram quando a Fada Azul apareceu. Perguntou ela a Pinóquio, como viera ela a cair naquela armadilha. Pinóquio teve vergonha de contar a verdade e inventou uma história. E foi mentindo, mentindo e seu nariz começou a crescer, crescer. Cresceu tanto que deitou folhas verdes como uma árvore. Pinóquio chegou a ver um ninho entre os galhos.
          Arrependido começou a chorar e resolveu contar a verdade A Fada tocou o seu nariz com a vara de condão e seu rosto voltou ao normal. E vendo que ele estava realmente arrependido, abriu a gaiola e soltou-os.
          E debandaram ele e o Grilo Falante, numa correria pela estrada a caminho de casa. Estavam eufóricos. Pensaram que não sairiam dessa. Era noite alta, e a pressa era grande.
          Pelo caminho, mil pensamentos de arrependimento.
          No dia seguinte, já havia esquecido do susto que passou.
          E o que eles não sabiam é que os dois velhacos Raposão e Gatão, tinham encontrado um cocheiro, que lhes prometera uma sacola de ouro se lhe arranjassem uns meninos para a ilha das brincadeiras. A principio Pinóquio não quis ouvi-los, mas os dois tanto insistiram que o bobo do Pinóquio concordou, mas sem o consentimento do Grilo Falante que dizia para não seguir os malandros, mas ele não obedeceu Diziam os farsantes que lá teriam uma vida boa, fazendo tudo o que desejassem e que não precisavam estudar, ou trabalhar. Nem de obedecer. Naturalmente não lhe disseram que todo aquele que vai a ilha das brincadeiras, volta com orelhas e rabo de burro. Lá depressa aprendeu a fumar e fazer todo tipo de tolices.
          Esses três safados comemoravam essa vitória, na taberna tomando cerveja com mel. Cantavam alegremente a canção
          Pinóquio é bom companheiro!
          Pinóquio é bom companheiro!
          Pinóquio é bom companheiroooooooo!
          Na ilha das brincadeiras.
          As orelhas e o rabo de burro já estavam bem crescidas, quando aproveitando uma explosão na ilha, Pinóquio e Grilo jogaram-se no mar. Nadou, nadou... Quando chegou em casa notou que estava parecendo um burrico. chorou e as orelhas e rabo desapareceram. Mas seu pai Gepeto tinha deixado um recado que saíra a sua procura.
          Pinóquio também partiu a procura e seu querido pai. Chegaram ao cais do porto. Os marinheiros contaram para Pinóquio uma triste história. Gepeto alugara uma jangada para navegar até a ilha das brincadeiras, mas no caminho, uma baleia muito grande engoliu Gepeto junto com a jangada. Com muita coragem, porque era muito leve, amarrou na cintura uma corda com uma pesada pedra e nas profundezas perguntava aos peixes se sabiam da grande baleia.
          Ele nem pensou no perigo do mar, só queria salvar seu pai. Nadou muito tempo até que encontrou a grande baleia. Ela abriu a bocarra e engoliu e a Pinóquio e ao Grilo Falante. Entretanto, Gepeto, tinha construído uma casinha tosca na barriga do monstro. Fígaro e Cléu estavam com ele. Para alimentar-se, agarrava um ou outro peixinho que a baleia havia engolido Imagine a sua surpresa quando viu um peixinho esquisito exclamar-lhe: "Papai! Será você mesmo?" O bonequinho de pau, tinha sido engolido pela baleia com toda uma cambada de peixes. Passados os primeiros instantes de emoção, Pai e Filho começaram a pensar num meio de sair dali. Mas precisavam fazer a baleia abrir a boca.
          Reunindo pedaços de paus e cordas, também engolidos pela baleia, fizeram uma jangada e esperaram. Do restante da madeira, fizeram uma fogueira. A baleia sentiu na garganta a fumaça e espirrou. Espirrou tão forte que jogou Pinóquio e os demais no mar. Formou-se uma grande onda e os três foram parar na praia. Todos estavam cansados e ali mesmo dormiram sob a luz das estrelas. Logo estavam novamente em casa.
           Veio a Fada e disse: Muito bem, Pinóquio Foste realmente um herói e tua dedicação merece um prêmio. Com um toque de sua varinha magica, transformou-o em um menino de verdade e Gepeto, teve então o seu sonho completamente realizado. A fada desapareceu, porque tinha terminado sua tarefa.
          Vejam crianças, quantos meninos são desobedientes, mentem e tem a cabeça dura como um boneco de pau. Como Pinóquio que não seguia os conselhos dos verdadeiros amigos. Mas ao arrepender-se de tudo o que tinha feito, acabou se transformando em um menino de verdade.
FIM


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